Constantemente, profissionais e pais têm dúvidas sobre os transtornos de aprendizagem que afetam as crianças. Muitas vezes, refletindo no desenvolvimento escolar e vida pessoal, bem como na interação com as pessoas. Por este motivo, separamos as diferenças entre a Síndrome de Asperger e o Autismo.
Autismo
O termo Autismo, tem sua origem da palavra alemã “autismus”, utilizado na Psiquiatria, para se referir a comportamentos voltados para o próprio indivíduo. Este termo foi utilizado pela primeira vez em 1906, por Plouller, com definições de sintomas de esquizofrenia.
Todavia, somente foi definido como a descrição de um conjunto de características, em 1943, pelo psiquiatra Léo Kanner. De acordo com Kanner, a definição de autismo é caracterizada por “distúrbios autisticos do contato afetivo”, pela incapacidade das crianças, que apresentam essa síndrome, em estabelecer relações sociais de maneira normal com as pessoas.
Somente no início dos anos 1960, com uma maior quantidade de estudos e evidências, foi sugerido que o autismo se tratava de um transtorno cerebral, presente desde a infância, e que não fazia distinção entre grupos socioeconômicos e étnico-raciais.
Atualmente, são analisadas em crianças autistas, características como: Incapacidade de se relacionar afetivamente com as pessoas, ansiedade excessiva, falta da linguagem falada, o uso da linguagem sem intenção comunicacional, e até mesmo a fascinação por objetos ou coisas.
Síndrome de Asperger
Descoberta em 1944 pelo psiquiatra Austríaco Asperger, a síndrome, (SA) é um distúrbio genético, integrante das classificações dos transtornos globais de desenvolvimento, (TGD) com características muito semelhantes ao autismo.
Seus sintomas podem surgir logo nos anos iniciais de vida da criança. Os portadores da síndrome, apresentam dificuldade de socialização, hiperfoco, e relacionamento social diferente do padrão, porém, não apresentam nenhum tipo de atraso na fala, ou retardo mental associado.
Hodiernamente, a síndrome de Asperger é considerada como um tipo de classificação antiga para um autismo muito leve. No novo DSM (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) um livro que enquadra patologias e transtornos de aprendizagem, que afetam as crianças, a síndrome de Asperger passou a não existir, todos os sintomas envolvendo autismo, mesmo em grau muito leve, são considerados como TEA (Transtorno do Espectro Autista).
Em crianças com essa síndrome, são analisadas características como: Falta de reciprocidade e empatia nas interações sociais, dependência de rotinas repetitivas, habilidade de memorização de detalhes, fala formal desenvolvida prematuramente e atenção acima da média para estímulos externos e internos.
Percebi algumas das características do TEA em meu filho como prosseguir?
É importante ficar claro, que nem sempre a presença de algum dos comportamentos citados, seja um sinal para o TEA. No entanto, o reconhecimento precoce, bem como terapias familiares e educacionais, podem reduzir os sintomas dos transtornos comportamentais que afetam as crianças, e além disso, promover o desenvolvimento e desempenho social.
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