Diariamente, profissionais de saúde precisam lidar com situações emergenciais, onde é preciso saber identificar os sinais de anormalidade e gravidade, para socorrer a vítima de maneira adequada. Por isso, é de extrema importância conhecer as condutas básicas e procedimentos de Suporte Avançado de Vida. Neste artigo, vamos falar sobre a intubação orotraqueal de emergência (IOT) e seus desafios.
O que é a IOT?
A Intubação Orotraqueal é um suporte avançado de vida, realizado em pacientes apneicos e criticamente enfermos, pois, pode ser feita mais rapidamente do que a intubação nasotraqueal, reservada para pacientes acordados e responsivos.
Este tipo de intubação, é um dos principais procedimentos salvadores de vida, além disso, protetor da via aérea pérvia, pois o sistema respiratório é vital para o organismo, e alterações ou obstruções graves podem levar a morte do paciente rapidamente.
Essa intubação pode ser feita em duas modalidades, são elas:
Eletiva: Uma modalidade planejada, em que o profissional de saúde tem tempo para planejar a técnica de abordagem e analisar a via aérea do paciente, bem como sua situação de saúde e nível de enfermidade. Como antes de cirurgias, por exemplo.
Sequência Rápida: Uma modalidade para casos emergenciais, onde pacientes que estão com a respiração comprometida, bem como em lesões obstrutivas das vias, precisam de uma via aérea definitiva, e intervenção imediata.
A sequência não tão rápida de intubação
A Sequência rápida de intubação, pressupõe que o procedimento será realizado com a maior segurança possível, que o paciente será pré-oxigenado e que não será ventilado passivamente, ou seja, ele mesmo é responsável por suas incursões respiratórias até ser intubado. Além disso, que o paciente poderá receber uma droga antes do sedativo para auxiliar na redução das possíveis intercorrências da intubação.
Separe Todos os Equipamentos
Para que se realize a intubação orotraqueal no paciente é importante primeiramente ter todos os equipamentos separados e testados, como: Oxigênio, material de aspiração, dispositivo máscara balão (Ambu), Laringoscópio com diferentes lâminas, tubo orotraqueal, fio guia, drogas selecionadas, material de resgate para uma via aérea difícil. Além disso, é necessário manter a monitorização cardíaca, saturação periférica de oxigênio, pressão não invasiva, acesso venoso, coxim occipital e avaliação simplificada e rápida da dificuldade da via aérea.
Durante a etapa de preparação do material, o paciente já deve começar a ser pré-oxigenado. A pré-oxigenação vai garantir que o paciente permaneça sem dessaturar mesmo que fique alguns minutos sem ter nenhuma ventilação. Logo após, as drogas deverão ser administradas, são feitas 3 minutos antes da sedação e do bloqueio neuromuscular.
Hora do Sedativo
Se tudo for feito da maneira correta, nesse momento o paciente precisa estar monitorizado, estando com SpO2 acima de 94%, com um coxim na região occipital. Assim, o paciente deve ser sedado. E logo em seguida, deverá ser feita a laringoscopia. O laringoscópio entra pelo lado direito da boca e deve empurrar a língua para a esquerda e ir escorregando pela língua até chegar na valécula. Somente quando ele já estiver na valécula, devemos começar a fazer força para cima e para frente.
Ao visualizar a glote do paciente, é necessário passar o tubo orotraqueal. Após ele passar pelas cordas vocais, já é possível retirar o fio guia. Os passos seguintes consistem na fixação do tubo e reavaliação do paciente, conferindo seus sinais vitais.
Procedimentos de emergência devem ser frequentemente estudados e revisados, para o conhecimento do profissional no que diz respeito, a momentos em que agir rápido pode salvar vidas. A intubação orotraqueal é um método rápido e na maioria das vezes eficaz, mas pode não ser tão rápido assim, devido a complicações e dificuldades existentes pelo profissional inexperiente, por isso, a capacitação profissional em procedimentos de emergência é o primeiro passo para aperfeiçoar as técnicas.
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