O início do século XX foi marcado por diversas epidemias e doenças que abalaram a população da época, neste período pouco se falava do Câncer. Apesar de estudos já desenvolvidos na época, ainda não se sabia ao certo quais eram os fatores de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, além disso, por ser uma doença não tão comum e não transmissível, muitas pessoas não se atentavam para a importância da prevenção e mudança de hábitos ligados a diferentes variações da doença.
Na metade do século XX, notou-se um aumento significativo nos casos de Câncer no Pulmão em todo o mundo, o que chamou a atenção de cientistas e diversos profissionais de saúde. Após estudos em 1950, viu-se que o Câncer de Pulmão está diretamente ligado ao tabagismo. Atualmente, estima-se que 1 bilhão de pessoas são fumantes no mundo, visto que o impacto do uso do Tabaco a saúde é de 90%, sendo o maior responsável pelo Câncer de Pulmão (Filho. V.W et al. 2010).
O Câncer de Pulmão era raro no passado, no entanto se tornou um dos mais comuns nos dias de hoje. No Brasil, é o câncer com uma das maiores taxas de Mortalidade (Araújo L.H, 2018), este aumento se deu devido ao crescimento da taxa de adolescentes fumantes, que podem desenvolver mais rapidamente e de forma letal a doença já na fase adulta (Zamboni. M. 2002). A previsão de acordo com pesquisas científicas é de que em 2030 o fumo seja responsável por pelo o menos 10 milhões de mortes por ano, e este número tende a crescer nos anos seguintes (Menezes A.M.B, et al. 2001).
O tabagismo
Diante do exposto, é notório que o fumo contribui para o aumento significativo nos casos da doença, pois o câncer de pulmão é caracterizado principalmente pela quebra dos mecanismos celulares naturais do pulmão a partir de estímulos carcinogênicos ao longo dos anos, resultando em um tumor maligno.
Apesar de que ainda existam outros tipos de Câncer no pulmão que não se originam do fumo como o Adenocarcinoma, por exemplo, é necessário salientar a importância no tratamento psicológico para perda de hábitos e vícios que prejudiquem a saúde como o fumo, para que possa haver um controle no número de fumantes e consequentemente a redução dos casos de câncer por estímulos cancerígenos. Hoje pelo o menos 17% da população mundial fuma (Hecht. S.S, 1999).
Este fator de risco tem 90% de associação com o Câncer, sendo necessário o alerta para o cuidado com a saúde, já que em muitos casos, os sintomas não aparecem inicialmente, sendo perceptíveis: tosse, falta de ar, perda de peso e cansaço, apenas com a doença já em estado avançado.
Após diagnóstico, o tratamento é feito por meio de Radioterapia e Quimioterapia, que somente são realizados após resultado da biopsia. Portanto é mister a necessidade de hábitos saudáveis e uma alimentação balanceada. A inclusão de atividades físicas diárias em substituição a abstinência pelo fumo e até mesmo terapias para o cuidado do paciente com doenças desenvolvidas em consequência da prática.
Referências
FILHO, V.W. et al. Revista Brasileira de Epidemiologia: Tobbacco smokingand câncer in Brazil: evidence and prospects. São Paulo, junho de 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.phppid=S1415790X2010000200001&script=sci_arttext&tlng=pt
ARAUJO, L.H. et al. Jornal de Pneumologia: Câncer de Pulmão no Brasil. Brasília DF, fevereiro de 2018. Disponível em: http://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=2761
ZAMBONI, M. Epidemiologia do Câncer do Pulmão. São Paulo, fevereiro de 2002. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-35862002000100008&script=sci_arttext
HECHT, S.S. Journal of the National Cancer Institute: Tobacco Smoke Carcinogens and Lung Cancer. Issue, july 1999. Disponível em: https://academic.oup.com/jnci/article/91/14/1194/2549271
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